Dor lombar
Dor lombar
Fonte: Imagem de Freepik
Introdução
A dor lombar, também conhecida como lombalgia, é uma das queixas mais comuns na prática médica em todo o mundo. Ela pode afetar pessoas de todas as idades e estilos de vida, impactando significativamente a qualidade de vida dos indivíduos. Neste artigo, abordaremos a epidemiologia da dor lombar no Brasil, suas causas, o quadro clínico apresentado pelos pacientes, os sinais de alerta (red flags), diagnóstico e as opções de tratamento conservador e cirúrgico, bem como o prognóstico associado à dor lombar.
Epidemiologia no Brasil
A dor lombar é um problema de saúde pública no Brasil, afetando grande parte da população. Segundo estudos epidemiológicos, cerca de 80% das pessoas terão pelo menos um episódio de lombalgia em algum momento de suas vidas. Além disso, estima-se que a dor lombar seja responsável por uma considerável parcela de afastamento do trabalho e custos relacionados ao sistema de saúde.
Causas de dor lombar
A dor lombar pode ser desencadeada por uma série de fatores, incluindo:
Lesões musculares ou ligamentares na região lombar.
Hérnia de disco, quando uma parte do disco intervertebral se projeta e comprime as raízes nervosas.
Degeneração do disco vertebral devido ao envelhecimento natural.
Espondilolistese, deslocamento de uma vértebra em relação à outra.
Estenose do canal vertebral, estreitamento do canal por onde passam as raízes nervosas.
Fraturas vertebrais devido à osteoporose ou trauma.
Artrite, inflamação das articulações da coluna.
Postura inadequada e sedentarismo.
Sobrecarga na coluna devido a levantamento de peso ou atividades repetitivas.
Quadro clínico
Os sintomas da dor lombar podem variar de pessoa para pessoa. Em geral, os pacientes relatam:
Dor na região lombar que pode ser aguda ou crônica.
Dor que pode irradiar para as nádegas, coxas e pernas.
Rigidez muscular e dificuldade para realizar movimentos.
Piora da dor ao ficar em pé, caminhar, tossir ou espirrar.
Sinais de Alerta (Red Flags):
É importante estar atento a sinais de alerta que possam indicar uma causa mais grave da dor lombar, como:
Dor intensa e súbita, especialmente após uma queda ou acidente.
Dor tão intensa que acorda o paciente que estava dormindo.
Fraqueza ou perda de sensibilidade em uma ou ambas as pernas.
Dificuldade para controlar a bexiga ou o intestino.
Febre associada à dor lombar.
Perda de peso não explicada. Se algum desses sinais estiver presente, é fundamental buscar atendimento médico imediato.
Diagnóstico
O diagnóstico da dor lombar envolve uma avaliação clínica detalhada, considerando a história do paciente, exame físico e, se necessário, exames de imagem, como radiografias, ressonância magnética ou tomografia computadorizada. Isso permite identificar a causa específica da lombalgia e orientar o tratamento adequado.
Tratamento
O tratamento da dor lombar pode ser dividido em diferentes abordagens:
Prevenção de crises:
Orientações ergonômicas no trabalho e em atividades diárias.
Exercícios de fortalecimento da musculatura lombar e abdominal.
Manter um peso corporal saudável.
Evitar o sedentarismo e praticar atividades físicas regularmente.
Tratamento conservador:
Uso de analgésicos e anti-inflamatórios para alívio da dor e redução da inflamação.
Fisioterapia, incluindo técnicas de alongamento e fortalecimento.
Acupuntura e outras terapias complementares.
Uso de coletes ou cintas lombares para dar suporte à coluna.
Tratamento cirúrgico:
Indicado em casos mais graves ou quando outras formas de tratamento não obtiveram sucesso. Ou seja, habitualmente, para a maioria das condições, é tentado o tratamento com medicamentos e rebilitação, antes de se pensar em cirurgia.
Cirurgias para hérnia de disco, estenose do canal vertebral, espondilolistese, entre outras.
Prognóstico
O prognóstico da dor lombar varia conforme a causa e o tratamento empregado. A maioria dos casos melhora com tratamento conservador. No entanto, é essencial seguir as orientações médicas para evitar recorrências e complicações.
Referências
National Institute of Neurological Disorders and Stroke (NINDS)
American Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS)
Mayo Clinic
Brazilian Journal of Physical Therapy (BJPT)
The Spine Journal (TSJ)